Ás vezes fico pensando como seria se todos os machucados que a gente sofre no coração como: perdas, decepções, desapontamentos, enfim, essas coisas que todo mundo tem que passar, pudessem ser vistos.
Acho que a gente começa com um coração novinho, limpinho, mas acontece alguma coisa e lá está a primeira pancada. Mas calma, foi só um soco. No dia seguinte, você vê que ele já tem a primeira cicatriz.
Depois, conforme a gente vai levando mais pancadas, ele fica dolorido um tempo, mesmo depois que elas cicatrizam. E você até esquece da pancada, mas lembra dela quando vê a cicatriz. Bom é quando a cicatriz some.
Conforme a gente vai crescendo, vai fazendo coisas mais arriscadas e assim, além de pancadas, leva também uns tombos, que deixam o coração ralado e ás vezes até enfaixado. Aí só depois do tombo aprendemos a nos previnir e procurar o caminho menos arriscado.
Chega uma hora que o coração parece tão machucado, que precisa de muletas. É aí que a gente já não é a mesma pessoa e faz de tudo para ele não se machucar mais. Deixamos de fazer o que fazíamos, de ser quem éramos.
E vem aquela dúvida de saber até que ponto isso bom. Até que ponto esse medo de machucar o coração é bom? Não acreditar em mais ninguém, achar que nada vai dar certo e que todo mundo é igual não é legal.
A gente precisa achar um equilíbrio entre previnir os acidentes do coração e ao mesmo tempo, viver como na época que ele era novinho. A missão: deixá-lo novo de novo.
Ralph McLerry
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